sexta-feira, 6 de março de 2015

Devemos agir antes e não depois -Vereador propõe reutilizar água da chuva em escolas, creches e residências

Instalar um sistema que possibilite o reaproveitamento de água da chuva em residência faz parte de mais uma proposta do vereador Nilo Campos
Pretende usar a água recolhida na limpeza, rega de plantas e descarga de sanitários
O vereador Nilo Campos, Líder da Bancada do (PV), propôs ao prefeito municipal de Várzea Grande adequar as instalações de creches e escolas da rede municipal de ensino para captar e armazenar água de chuva para uso não potável. Na indicação consta, “que com vistas à redução do consumo do recurso natural e, ao mesmo tempo, como medida austera para a diminuição das despesas públicas”.

Precisamos ter consciência e reutilizar essa água,destaca Nilo Campos
Em decorrência do aumento expressivo da perda da qualidade da água, a captação da água de chuva em ambientes urbanos é uma alternativa em constante crescimento, e um assunto de interesse cada vez maior diante das múltiplas vantagens de sua adoção. A importância da sensibilização da população na utilização racional da água tratada, incentivando o uso de água de chuva para fins não-potáveis, é uma das formas de se minimizar a escassez de água potável, Várzea Grande poderá ser exemplo para outros municípios destacou Nilo Campos.

A intenção é, de acordo com o parlamentar, promover o uso racional da água e estimular práticas sustentáveis. “O projeto aposta na educação ambiental como ferramenta de conscientização dos estudantes. A necessidade de preservação dos recursos hídricos é iminente e esse é o tipo de ação que gera resultados”, disse.

“Não é demais destacar que vivemos uma das maiores crises de abastecimento de água de toda a história no estado de São Paulo”, sabemos que Várzea Grande não corre risco, porem vale salientar que medidas é preventivas como a que propomos pode ser a solução de problemas de abastecimento não apenas em época de estiagem, mas também em casos em que o fornecimento de água é interrompido por obras”, comenta Nilo Campos.

“Se para as residências a falta de água se torna um transtorno e dificulta tarefas domésticas, é possível imaginar o enorme problema que uma escola pode enfrentar sem água potável ou para o funcionamento dos sanitários. Trata-se, portanto, de uma responsabilidade do chefe do Executivo e do titular da Secretaria Municipal de Educação”, completa o vereador, que apresenta diversos argumentos para defender a importância de os estabelecimentos de ensino terem reservatórios ou cisternas.

Um estudo realizado pelo Programa de Mestrado e Doutorado do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) e publicado por Ouriques et. al (2005) na Revista Ciências Naturais e Tecnológicas comprova a viabilidade de se implantar sistemas eficazes de captação de água de chuva para uso menos nobres como em vasos sanitários, por exemplo.

Pelo trabalho (disponível em http://sites.unifra.br/Portals/ 36/tecnologicas /2005/Aproveitamento.pdf) foi possível calcular o consumo médio de água dos alunos de uma escola municipal de Santa Maria (RS) e confrontar com dados de medição do volume médio de água de chuva possível de ser captada pela área dos telhados da referida unidade escolar, considerando-se o volume pluviométrico anual.

A conclusão da pesquisa realizada em Santa Maria foi que a captação de água da chuva é eficiente, superando às expectativas dos pesquisadores, pois estimou-se a captação de pouco mais de 8m3 de água para a cisterna instalada e captou-se 32m3, o que representou um excedente de água.

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