Romilson Dourado
A 14 dias da eleição da Mesa Diretora, Guilherme Maluf segue favorito à presidência da Assembleia por força de um cabo eleitoral emblemático, o deputado em final de mandato José Riva. Exímio articulador político, Riva, mesmo desgastado e ignorado pelo novo governo estadual, se movimenta como pode nos bastidores para garantir a maioria dos votos aos aliados que se juntaram a Maluf. Com o tucano na chapa estão parlamentares que fazem parte da Mesa há alguns anos, como Romoaldo Júnior (PMDB) e Mauro Savi (PR). A luta do bloco é para continuar no comando do Legislativo, que vai receber R$ 412,3 milhões de duodécimo neste ano, R$ 34,3 milhões mensais.
Mário Friedlander
Guilherme Maluf se torna forte candidato à presidência por causa das articulações do aliado José Riva
O curioso é que Maluf, ex-militante do extinto PFL (DEM) e hoje no PSDB, garantiu a reeleição no palanque do governador Pedro Taques (PDT), adversário político declarado de Riva. Maluf foi buscar em outro grupo, com Riva e velhos aliados, para tentar chegar ao poder.
A mesma estratégia é usada por Emanuel Pinheiro (PR), da base do ex-governador Silval Barbosa e que "colou" no grupo de Taques. O republicano tem como primeiro-secretário da chapa o empresário e deputado estreante Eduardo Botelho (PSB). Como as duas chapas sustentam ao mesmo tempo possuírem maioria dos votos, a eleição se tornou uma incógnita. Maluf diz que o placar a seu favor hoje seria de 13 a 11. Emanuel afirma que o jogo está empatado em 12 a 12 e que possui "carta na manga", além de simpatia à chapa do Palácio Paiaguás.
Mesmo que alguns defendam que o momento é de renovação, aproveitando que Riva sairá da Assembleia após duas décadas se alternando entre presidência e primeira-secretaria, muitos deputados ainda estão “amarrados” ao cacique do PSD. E Riva recorre a eles para direcionar votos para quem entender. Maluf e Riva se tornaram aliados de primeira hora. Emissários de Taques até tentaram a separação, mas desistiram. O desfecho sobre quem será o próximo presidente só virá mesmo em 1º de fevereiro, logo após a posse dos deputados na próxima legislatura.
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