sábado, 7 de setembro de 2013

Ditadura - José Riva deu prazo até terça-feira (10) para João Emanuel reassumir a presidência da Câmara


VAI FEDER'

Riva e Silval se estranharam no Palácio Paiaguás esta semana

Com tom elevado de strees e até dedo em riste, o tempo fechou durante a semana no Palácio Paiaguás. Segundo fontes da Coluna, o deputado Riva (PSD) e o governador Silval Barbosa (PMDB) se estranharam feio no gabinete palaciano. Riva deu prazo até terça-feira (10) para João Emanuel reassumir a presidência da Câmara. Ele foi afastado após manobra de vereadores da base de Mendes. O deputado, dizem, ameaça emplacar uma CPI para apurar o envolvimento de Silval com uma empreiteira que possue apenas um caminhão, mas um contrato de R$ 25 milhões com o governo. 

Afastamento de João Emanuel azeda relação entre Riva e Silval

FONTE: RD NEWS
Os embates na Câmara de Cuiabá, que culminaram na queda de João Emanuel da cadeira de presidente, estão provocando racha entre os líderes. Os reflexos e a tensão são sentidos não apenas no âmbito da Capital, no Legislativo e no Palácio Alencastro, sede da prefeitura, mas também no Palácio Paiaguás, centro do poder estadual, e na Assembleia Legislativa. Para se ter dimensão da crise, a briga que separou o grupo dos 16 aliados do prefeito Mauro Mendes dos 9 de João Emanuel azedou a relação política entre o deputado José Riva (PSD) e o governador Silval Barbosa (PMDB).

Riva está chateado com o peemedebista. Acredita ter ao menos um dedo do governador na iniciativa do vereador Aroldo Kuzai de pedir e conseguir na Justiça o afastamento de Emanuel da presidência por prevaricação. Aroldo é um parlamentar com atuação pífia, daí a conclusão de que teria recebido o documento pronto, com trabalho de apenas assiná-lo. Há coincidências e cumplicidades. Aroldo é do mesmo PMDB de Silval. Emanuel é genro de Riva. E, assim como o sogro, está fora do comando do Legislativo. Isso diminui e muito o poder da dupla. Riva e Emanuel não querem apenas ser deputado e vereador, respectivamente. Desejam o poder da caneta, mesmo no Legislativo que, embora independente, depende do Executivo. Como a caneta do Executivo é mais forte e pesada, Silval e o prefeito Mauro Mendes tendem a levar vantagem nessa guerra.

O Paiaguás, sob orientação de Silval, deu as cartas aos emissários para articular e deixar Riva em condições de inferioridade. Sangrando. Acha que assim seria mais fácil negociar politicamente com o deputado de cinco mandatos. Riva, por outro lado, pode até desgraçar mais ainda a gestão Silval, que enfrenta dificuldades em várias áreas e está com a popularidade em baixa. Embora fora da presidência, Riva tem quase todos os demais colegas parlamentares como aliados. Se brincar, consegue até afastar o governador do cargo, coisa que o iniciante Emanuel tentou fazer com Mauro e recebeu de troco a queda da cadeira de presidente da Câmara.

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